terça-feira, 27 de setembro de 2011

Convenção do condomínio pode adotar regras para reformas

Os condomínios podem registrar em suas convenções indicações claras sobre como lidar com a reforma de um apartamento. “Fica mais fácil tratar do tema se houver dentro da convenção artigos específicos sobre obras. O que é previsível é sempre mais fácil de administrar”, diz o vice-presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (Aabic), Fábio Kurbhi.
“A participação do síndico é importante durante o processo e isso pode constar da convenção. Ele precisa estar informado e, se aprovado em assembleia, pode exigir um responsável técnico e acompanhar o andamento da obra”, afirma o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Hubert Gebara.
Ele também lembra que é importante o regimento interno estabelecer claramente horários, regras de identificação dos trabalhadores e local para armazenar o material de construção. “Nessa hora, o trabalho do zelador é de fiscalizar e relatar problemas ao síndico”, diz Gebara.
A arquiteta Denise Guarezzi diz que alguns conjuntos já têm restrições. “Um condomínio horizontal em Marília montou uma comissão permanente para aprovar reformas. Ela também existe para fiscalizar, pois algumas vezes, o morador aprova uma coisa e quando faz a obra, acaba mudando de planos”, afirma Denise.
Para facilitar a vida de moradores e síndicos, algumas administradoras condominiais oferecem profissionais para os orientar moradores na hora das obras. A Lello Condomínios tem um serviço para o síndico que teme pela reforma de algum condômino ou por problemas no prédio. “Temos um centro de atendimento técnico, com s engenheiro e técnicos disponíveis para nossos clientes. No entanto, o serviço é cobrado a parte”, diz a gerente de relacionamento Márcia Romão.
No Grupo Hupert, além do atendimento para o síndico, a empresa oferece aos moradores dos 450 condomínios administrados pela empresa os serviços de decoração e arquitetura. Os projetos que são preestabelecido e se adaptam aos ambientes, como escritórios, halls e salas, são gratuitos.
Segundo a empresa, se o morador decidir executar o projeto, ele terá acompanhamento de um arquiteto, com custo abaixo do praticado pelo mercado. A Hubert decidiu contar com essas facilidades porque detectou uma demanda crescente pelo serviço por parte dos condôminos ou de quem compra ou aluga unidades residenciais e escritórios. De acordo com Alessandra Andrei, do departamento de arquitetura do grupo, além dos condomínios, a iniciativa beneficia os clientes que sentem dificuldade na hora de reformar ou decorar seus apartamentos e escritórios.

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