sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Alta de preços em 2011 indica formação de bolha imobiliária, diz especialista


Caixa faz operação e levanta recursos para financiamento imobiliário

A Caixa Econômica Federal, agente operador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), assina (20), em Brasília, uma operação de securitização de carteira imobiliária no volume total de R$ 1,5 bilhão. Os recursos para realizar a operação virão do FGTS. Com a operação, a Caixa terá mais recursos para o financiamento imobiliário.
De acordo com o banco, essa é a maior operação na modalidade já realizada e está lastreada em mais de 30 mil créditos imobiliários, concedidos pela Caixa, e cedidos à Gaia Securitizadora.
Segundo nota da Caixa, a operação tem o objetivo principal de incentivar o desenvolvimento do mercado secundário de créditos imobiliários no Brasil. “A operação incentiva o fortalecimento do mercado secundário para crédito imobiliário, no Brasil, que tem histórico apenas de mercado primário. Os recursos captados serão utilizados para gerar funding [recursos] a novos créditos imobiliários”, diz a Caixa, em nota.
De acordo com a Caixa, em 2011, foram recebidas doze propostas de venda de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) ao FGTS, no montante de R$ 6,2 bilhões. Dessas propostas, foram selecionadas seis, todas lastreadas em créditos individuais para imóveis de até R$ 200 mil. As outras cinco operações, envolvendo três securitizadoras e cinco agentes financeiros, no valor total de R$ 1,3 bilhão, aguardam encaminhamento das propostas finais para concretização da compra dos CRI pelo FGTS, ainda neste ano.
Para o período de 2002 a 2011, o Conselho Curador do FGTS alocou R$ 7,03 bilhões para essas operações. Desse montante, R$ 2,84 bilhões foram alocados para o exercício de 2011. Até 2010, foram realizadas vinte operações de aquisição de CRI, que atingiram o total de R$ 130,6 milhões.

Fonte: 180graus

Apartamentos enxutos são tendência

A presença de imóveis compactos, aqueles com no máximo 60 metros quadrados e que podem ter até três dormitórios, tem crescido na cidade de São Paulo. Isso porque o metro quadrado, ficou mais caro nos últimos anos tanto no centro quanto na periferia, assim como o preço dos terrenos. Para que os novos apartamentos caibam no bolso do consumidor, é necessário “encolhê-los”, principalmente em regiões centrais e próximas de centros comerciais, onde o valor do metro quadrado é maior.
Nos últimos dois anos, o número de apartamentos com meio dormitório (quitinetes) e um quarto, com área útil entre 26 metros quadrados e 40 m², aumentou de 1.027 unidades lançadas entre outubro de 2009 e setembro de 2010 para 2.263 unidades lançadas de outubro de 2010 a setembro de 2011, alta de 120%, segundo a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). Já unidades com dois quartos e com área útil ente 41 metros quadrados a 50 m² passou de 3.887 unidades para 7.218 unidades lançadas, 85,6% mais. Apartamentos com três dormitórios que medem entre 51 metros quadrados e 60 m² aumentaram de 220 para 390 unidades lançadas nos últimos dois anos, um crescimento de 77, 27%.
Apartamentos menores, com um quarto, aparecem por toda a cidade, em regiões como Bela Vista, Cambuci, Brás, Vila Prudente, enquanto compactos com dois ou três quartos, são lançados mais na periferia, em bairros como Campo Limpo, Vila Carrão e Ermelino Matarazzo.
Apesar do crescimento, esse tipo de imóvel ainda está em falta na cidade e por ser mais barato, é muito procurado.
A securitária Ana Marinho, de 32 anos, comprou há 15 dias uma quitinete com uma das menores metragens lançadas na cidade nos últimos anos, de 29,8 metros quadrados, no centro da capital, e pagou R$ 90 mil.
A unidade tem uma varanda, banheiro e a pia da cozinha fica no mesmo cômodo do quarto e da sala. O prédio foi construído há cinco anos na Rua Guaianases, e o apartamento foi reformado há seis meses. No mesmo prédio, Ana viu um apartamento com 26 metros quadrados. “Mas era pequeno demais. Preferi este, um pouco maior”, ri. Ana teve que pesquisar bastante. “O custo de morar no centro é alto”, explica.
Ao fazer a escolha, ela considerou o potencial de valorização da unidade e acredita que já pode vendê-la por R$ 120 mil. “Gosto do centro porque é onde trabalho e tem de tudo. Já morava por aqui e pagava aluguel. Quero ficar dois anos e mudar para outro mais espaçoso. Não quis dar um passo maior do que a perna.”

Fonte: G1

FGTS poderá ser usado para imóvel de até R$ 750 mil

Os bancos querem aumentar de R$ 500 mil para R$750 mil o limite para compra da casa própria utilizando o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A solicitação foi enviada ao Conselho Curador do FGTS pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Para o diretor da construtora Santa Cecília, Márcio Iorio, o aumento no valor é positivo e vai permitir que a classe média possa comprar o imóvel: “Atualmente, o custo da construção e o valor dos imóveis subiram muito, por isso é necessário um ajuste”, explica, descartando formação de bolha imobiliária.
Já a ONG Instituto FGTS Fácil considera a proposta abusiva, por apresentar reajuste muito maior que a inflação acumulada no período. “A inflação de março de 2009 até agora está em torno de 14,5%, e em dois anos o teto subiria 50%. O reajuste deveria ser feito anualmente, com base na inflação”, ressalta Mário Avelino, presidente da ONG.

Fonte: O Dia Online

Moradores ignoram abertura e torcem por valorização dos imóveis

Torcidores de Itaquera já estão comprando terrenos próximos ao futuro estádio do Corinthians para lucrar com a Copa do Mundo

Apesar de a torcida ser barrada no estádio de Itaquera durante o evento de anúncio do calendário da Copa do Mundo de 2014, nesta quarta-feira, os poucos torcedores que compareceram ao local festejaram a confirmação da Arena do Corinthians como abertura do Mundial. Entretanto, os moradores não estão preocupados em acompanhar o jogo de estreia da seleção brasileira e priorizaram interesses pessoais.
Os torcedores que residem perto do futuro estádio torcem pela valorização dos imóveis próximos ao local. Alguns deles já fazem investimento para lucrar com a Copa do Mundo.
“Eu já estava com dois imóveis e acabei de comprar um terreno para construir outros. As obras lá também começaram. Vai valorizar muito a presença do estádio aqui e também a abertura da Copa do Mundo”, afirmou o motorista, Gentil Parilho, 56 anos.
Além de investirem na construção de imóveis, os torcedores também já comemoram a valorização dos apartamentos da Cohab, em Itaquera e Guaianazes, bairros próximos ao estádio.
“Já estão valorizando muito os apartamentos por aqui. Minha casa estava avaliada em R$ 100 mil, hoje já está custando R$ 160 mil. Quando o estádio ficar pronto e começar o Mundial, o preço certamente aumentará”, disse o auxiliar administrativo, Marcos Paulo.
Torcedores do Corinthians, os moradores preferiram exaltar a presença do evento em Itaquera. “Eu ficaria decepcionado se a abertura da Copa do Mundo não fosse aqui. Nós merecemos, somos humildes, será importante para a comunidade carente daqui”, disse o torcedor Diego Carmona.

Fonte: IG

Caixa repassa R$ 1,5 bilhão em financiamentos imobiliários

Banco securitizou grana recorde a fim de ter mais fundos para emprestar para a casa própria
A Caixa Econômica Federal vai securitizar R$ 1,5 bilhão em contratos imobiliários para levantar fundos para emprestar a novos mutuários. O dinheiro é o maior valor já visto em operações do tipo no país, segundo anúncio feito pelo próprio banco nesta quinta-feira (20).
O banco diz que a operação serve para fortalecer o mercado de crédito imobiliário no Brasil. Os recursos captados serão utilizados para “gerar funding” a novos créditos, além dos já utilizados FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e poupança. É uma terceira fonte de dinheiro para o crédito imobiliário.
Segundo o banco, que repassou a carteira securitizada à Gaia Securitizadora, esse crédito está lastreado em mais de 30 mil contratos de financiamentos imobiliários.
- O Conselho Curador autorizou a CAIXA, na condição de Agente Operador do FGTS, a realizar operações de aquisição de CRI, em 2001. O objetivo principal foi incentivar o desenvolvimento do mercado secundário de créditos imobiliários no Brasil.
Em poucas palavras, a securitização consiste em “trocar” uma dívida de longo prazo por dinheiro vivo no ato. Os bancos movimentam grandes quantias nestas operações, na casa dos bilhões.
Imagine que você emprestou R$ 5.000 para um parente e ele vai pagar tudo em suaves prestações, durante um ano. Mas o que acontece se após o pagamento da primeira parcela você precisar do dinheiro? Ele não vai ter como devolver a grana que falta e você não terá esse dinheiro sem que um banco cobre juros caso você peça um empréstimo.
É aqui que entra a securitização. Funciona como se uma terceira pessoa entrasse no negócio a fim de dar a você os R$ 5.000 agora e assumir o risco de receber aquilo que o tal parente ainda deve. Você não vai mais ter as devoluções aos poucos, mas conseguiu pegar o valor total emprestado para reinvestir em outra coisa. Isso é feito pelos bancos, para que eles tenham mais dinheiro para financiar a população na compra da casa própria.
Quando um banco faz isso com sua poupança, repassa um valor que tem a receber entre 20 e 30 anos para uma securitizadora. Ela avalia o risco e a capacidade de retorno desse dinheiro e lança um papel chamado CRI (Crédito de Recebíveis Imobiliários), que pode ser vendido para investidores como um título de renda fixa, por exemplo.
A Caixa Econômica Federal, que responde por três em cada quatro financiamentos imobiliários do país, diz que recebeu 12 propostas de venda desses CRIs ao FGTS, no montante de R$ 6,2 bilhões.
Dessas propostas, foram selecionadas seis; todas lastreadas em créditos individuais para imóveis de até R$ 200 mil. As outras cinco operações, envolvendo três securitizadoras e cinco agentes financeiros, no valor total de R$ 1,3 bilhão, aguardam encaminhamento das propostas finais para concretização da compra dos CRI pelo FGTS, ainda neste ano.

Fonte: R7

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Projeto de Lei amplia para dez anos prazo mínimo para transferência de imóveis da CDHU

PL está na pauta de votação desta semana na ALESP

O Projeto de Lei nº 986 que altera de dois para dez anos o prazo mínimo para transferência de imóveis adquiridos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) está na pauta de votação da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP). A alteração foi proposta pelo secretário de Estado da Habitação, Silvio Torres, e tem como objetivo evitar a especulação imobiliária por terceiros e garantir que a moradia produzida pelo Estado cumpra a destinação prioritária e função social, que é o atendimento a famílias de baixa renda.
O novo PL foi encaminhado à ALESP pelo governador Geraldo Alckmin no último dia 10. Ele altera a Lei nº. 12.276, de 21 de fevereiro de 2006, que dispõe sobre a alienação dos imóveis construídos pela CDHU na vigência do contrato de financiamento. Hoje, o mutuário pode transferir o financiamento depois de transcorrido dois anos do contrato. Com a mudança, o imóvel só poderá ser vendido a terceiros depois de dez anos do início do financiamento.
O projeto também estipula condições para a venda do imóvel, como a obrigatoriedade das prestações estarem em dia e o novo comprador ser pessoa física.
Segundo o secretário Silvio Torres, se aprovada, a nova lei estará alinhada com as políticas desenvolvidas pelo Governo do Estado, que é garantir moradia digna para as camadas menos favorecidas de nossa sociedade. A meta do governo estadual é construir 150 mil novas moradias nos próximos quatro anos para atender as famílias que vivem em área de risco e as que ganham até cinco salários mínimos.