sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Caixa repassa R$ 1,5 bilhão em financiamentos imobiliários

Banco securitizou grana recorde a fim de ter mais fundos para emprestar para a casa própria
A Caixa Econômica Federal vai securitizar R$ 1,5 bilhão em contratos imobiliários para levantar fundos para emprestar a novos mutuários. O dinheiro é o maior valor já visto em operações do tipo no país, segundo anúncio feito pelo próprio banco nesta quinta-feira (20).
O banco diz que a operação serve para fortalecer o mercado de crédito imobiliário no Brasil. Os recursos captados serão utilizados para “gerar funding” a novos créditos, além dos já utilizados FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e poupança. É uma terceira fonte de dinheiro para o crédito imobiliário.
Segundo o banco, que repassou a carteira securitizada à Gaia Securitizadora, esse crédito está lastreado em mais de 30 mil contratos de financiamentos imobiliários.
- O Conselho Curador autorizou a CAIXA, na condição de Agente Operador do FGTS, a realizar operações de aquisição de CRI, em 2001. O objetivo principal foi incentivar o desenvolvimento do mercado secundário de créditos imobiliários no Brasil.
Em poucas palavras, a securitização consiste em “trocar” uma dívida de longo prazo por dinheiro vivo no ato. Os bancos movimentam grandes quantias nestas operações, na casa dos bilhões.
Imagine que você emprestou R$ 5.000 para um parente e ele vai pagar tudo em suaves prestações, durante um ano. Mas o que acontece se após o pagamento da primeira parcela você precisar do dinheiro? Ele não vai ter como devolver a grana que falta e você não terá esse dinheiro sem que um banco cobre juros caso você peça um empréstimo.
É aqui que entra a securitização. Funciona como se uma terceira pessoa entrasse no negócio a fim de dar a você os R$ 5.000 agora e assumir o risco de receber aquilo que o tal parente ainda deve. Você não vai mais ter as devoluções aos poucos, mas conseguiu pegar o valor total emprestado para reinvestir em outra coisa. Isso é feito pelos bancos, para que eles tenham mais dinheiro para financiar a população na compra da casa própria.
Quando um banco faz isso com sua poupança, repassa um valor que tem a receber entre 20 e 30 anos para uma securitizadora. Ela avalia o risco e a capacidade de retorno desse dinheiro e lança um papel chamado CRI (Crédito de Recebíveis Imobiliários), que pode ser vendido para investidores como um título de renda fixa, por exemplo.
A Caixa Econômica Federal, que responde por três em cada quatro financiamentos imobiliários do país, diz que recebeu 12 propostas de venda desses CRIs ao FGTS, no montante de R$ 6,2 bilhões.
Dessas propostas, foram selecionadas seis; todas lastreadas em créditos individuais para imóveis de até R$ 200 mil. As outras cinco operações, envolvendo três securitizadoras e cinco agentes financeiros, no valor total de R$ 1,3 bilhão, aguardam encaminhamento das propostas finais para concretização da compra dos CRI pelo FGTS, ainda neste ano.

Fonte: R7

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