Os preços subiram com a grande demanda, mas há muito crédito e os prazos estão mais longos. Esta é a hora de investir e reinvestir, garantem os especialistas.
Investir em imóveis, hoje, é um excelente negócio. Nenhum especialista arrisca recomendação em contrário. A expressão “virou uma febre” é frequentemente utilizada para identificar as mudanças que a construção civil trouxe, em poucos anos, à paisagem urbana das cidades de pequeno, médio e grande portes. Engana-se, porém, quem imaginar este cenário de expansão está perto do fim. Não pelo menos enquanto se mantiverem economia estável, crédito farto em prazos longos e um mar de oportunidades à frente.
Porém, mesmo com tendências promissoras, investir em imóveis exige cautela, tanto pela segurança dos negócios quanto pelos valores negociados, geralmente altos. Sem contar, uma demora de vários meses, às vezes anos, para o retorno previsto. Acertar na compra do imóvel residencial ou comercial nem sempre é fácil, imagine, então, quando se trata da diversificação do investimento, da busca de rentabilidade em curto e médio prazos.
Para ajudar a compreender onde estão as boas oportunidades e como aproveitá-las melhor, a EDIFICAR traz, nesta edição, indicativos sobre locais com potencial construtivo, áreas em franca expansão, além de dicas e alguns cuidados com os diversos tipos de investimentos atualmente possíveis no mercado imobiliário local.
Com seis mil imóveis em oferta, João Pessoa muda eixo do crescimento imobiliário
Na Paraíba e, em especial, em João Pessoa, o cenário positivo atual é promissor em médio e longo prazos. Na Capital, a oferta que há cinco anos girava em torno dos 2,5 mil imóveis evoluiu até alcançar, agora, em 2011, mais que o dobro: cerca de 6 mil unidades disponíveis. Com tudo isto, ainda é grande o espaço de crescimento, de captação de investimentos e de margem para bons negócios, garante o empresário Irenaldo Quintans, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa.
A Capital, na sua opinião, é atualmente “um caldeirão fervendo, prato cheio para investidores” e tem, apesar da crescente valorização dos imóveis, preços ainda competitivos se comparados à maioria das capitais, principalmente as do Nordeste. Para ele, esta, nem é a principal questão quando se trata da perspectiva de investimentos.
Um grande indicativo das novas oportunidades, analisa o empresário, é o fato de que muitos bairros da Capital ainda não exploraram o potencial construtivo. Vários deles, ainda horizontais, são potencialmente verticalizáveis, dispõem de completa infraestrutura urbana e de serviços. É o caso, por exemplo, da Torre, Jaguaribe, Expedicionários, 13 de Maio e Bairro dos Estados
Todos eles, exceto Jaguaribe, situam-se próximo do principal eixo
comercial da cidade – a avenida Epitácio Pessoa, uma via por onde passam 80 linhas de ônibus e liga o centro à praia, atrativos a mais para que nos bairros que à margeiam sejam construídos edifícios residenciais, de lojas, mais prédios de escritórios e serviços.
comercial da cidade – a avenida Epitácio Pessoa, uma via por onde passam 80 linhas de ônibus e liga o centro à praia, atrativos a mais para que nos bairros que à margeiam sejam construídos edifícios residenciais, de lojas, mais prédios de escritórios e serviços.
A certeza é de que crescimento tem preço: mais edifícios residenciais e comerciais geram, naturalmente, em função do aumento da circulação de veículos e pedestres, maior demanda
por infraestrutura de obras e de serviços públicos, como ampliação de ruas, novas vias, saneamento, água, coleta de lixo e melhorias no trânsito.
por infraestrutura de obras e de serviços públicos, como ampliação de ruas, novas vias, saneamento, água, coleta de lixo e melhorias no trânsito.
A dúvida é se o poder público tem sensibilidade, iniciativas e verbas para, junto com o setor privado, acompanhar de forma planejada essa expansão. Para Quintans, João Pessoa tem hoje a “oportunidade única” de não repetir erros de outras capitais. “Vejo que a demora para deslanchar nosso crescimento pode funcionar como uma oportunidade ímpar de corrigir equívocos em áreas importantes como infraestrutura, meio ambiente e turismo”, completa.
Afora essas vantagens, em outros bairros com características parecidas de infraestrutura e serviços, como Bancários, Mangabeira, Valentina e Geisel, ainda há margem para valorização dos imóveis. O que não acontece, por outro lado, em áreas como Cabo Branco, Tambaú e Altiplano, cujos preços “bateram no teto”. Imóveis de alto padrão, no Altiplano, superam R$ 2 milhões, algo impensável cinco anos atrás.
“Em cidades litorâneas, os imóveis da orla são os mais valorizados em função da paisagem, um certo glamour, e por concentrarem a maior parte das opções de entretenimento e lazer, mas estão com os preços no limite máximo” comenta Irenaldo ao explicar as razões das opções de investimentos noutras áreas, onde se observa agora nítida tendência de crescimento, com muita margem de expansão e de verticalização.
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