quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Produção de cimento na Paraíba está em baixa
Um dos principais insumos da construção civil, a produção de cimento não tem acompanhado o aquecimento vivido pelo setor imobiliário no Estado. Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic) mostram que o volume chegou a 1,056 milhão de toneladas no primeiro semestre deste ano, alta de apenas 0,35% sobre o mesmo período do ano passado. Mesmo com o baixo índice de crescimento no semestre, a Paraíba, que possui duas fábricas de cimento (Cimpor e Lafarge), continua sendo o 2º maior produtor do insumo no Nordeste, ficando atrás apenas de Sergipe (1,520 milhão de t), que registrou alta mais forte (5,71%) no primeiro semestre.
A Paraíba também ficou abaixo da média do Nordeste no período (3,26%), o volume de produção de cimento na Paraíba pode ter sido afetado por problemas mecânicos em uma das fábricas do Estado.
Entre os meses de julho e agosto, um problema mecânico na unidade da Lafarge afetou o funcionamento, fazendo com que a produção fosse paralisada por cerca de um mês, reduzindo o abastecimento no mercado. Na Cimpor, uma manutenção mecânica causou também redução na fabricação durante 15 dias, mas os números não entraram na contabilização do primeiro semestre.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa, Irenaldo Quintans, comentou que a produção de cimento afeta diretamente o setor. Para suportar a demanda, Quintans acredita que é necessário que outras fábricas se instalem no Estado. “Como a produção está no limite, não há margem de segurança.
Qualquer contratempo afeta o abastecimento”, comentou.
O empresário da construção Waldemir Andrade disse que a situação já foi normalizada. “Como compramos direto da fábrica, mesmo no período crítico, não houve aumento de preço, mas tivemos problemas com a quantidade de cimento disponibilizado. Para o segundo semestre, a assessoria de imprensa da Cimpor afirmou que a previsão é que a produção continue normalmente. “Não houve paralisação.
Por duas semanas diminuímos o ritmo de produção para a realização de manutenção. Sem nada previsto para o segundo semestre, a produção deverá ser normal”, informou.
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